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A névoa

 “Sumir-me-ei entra a névoa, como um estrangeiro a tudo, ilha humana desprendida do sonho do mar e navio com ser supérfluo à tona de tudo” (Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares -heterônimo de Fernando Pessoa) Eram seis da manhã e ela ainda estava nervosa depois de uma noite insone. Ele não havia mandado foto. Ela não sabia o que ia encontrar e nem para o que estava embarcando. Já fazia muito tempo que ela vivia em brumas, como se vivesse por mero capricho sendo impelida ao sabor das ondas que os acontecimentos geravam, lançando-a de um lado para o outro sempre a deriva. Sua mãe sempre dizia que ela parecia ser um barco a vapor de caldeira violenta e com uma fúria constante que o impelia sempre na direção oposta da qual deveria ir, pronto para se arrebentar na primeira rocha que aparecesse pelo caminho. Ela não sabia bem quando essa letargia começou. Só sabia que desde pequena não conseguia discernir bem os acontecimentos de sua vida e que sempre quando tentava puxar pela memó...

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